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" Rapture"  de Ai Weiwei  Artista e activista pelos direitos humanos de nacionalidade chinesa a viver actualmente no Alentejo, mostra-nos na Cordoaria Nacional, a exposição " Rapture". Trata-se da sua primeira exposição individual  e reúne 85 obras num espaço de 4000 metros quadrados.  Ainda antes de entrar, fico encantada com a escultura monumental feita com mais de 900 bicicletas, "Forever Bicycles". Já dentro do edifício,  o meu olhar perde-se entre a imensidão do espaço e a criatividade do artista,  para depois se encontrar e, calmamente observar atentamente todas as obras, captando aqui e ali uma imagem para reter na memória e no tempo. Ai Weiwei utilizou em algumas das obras expostas, matéria prima portuguesa como a cortiça, o azulejo, a cerâmica e o mármore, neste ultimo, realizado num único bloco de mármore,  podemos observar um gigante rolo de papel higiénico que representa a reacção da comunidade perante a Covid 19, que fez esgotar o stock deste

Registos da Memória / Verona - 2016

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Desde menina sempre gostei de escrever e "colecionar" sebentas transformadas em diários que foram ficando perdidas no caminho da minha existência. Depois, muito mais tarde, quando a vida me permitiu viajar comecei a anotar tudo que acontecia durante a viagem, a guardar bilhetes, folhetos informativos e claro, muitas fotografias. Ainda mais tarde, quando o  tempo começou a ajudar, empenhei-me em criar algo mais completo que me permitisse contar as histórias engraçadas ou bizarras e todas as sensações vividas durante as viagens. Ainda mais tarde, comecei a ver o diário como uma possibilidade de desenvolver a criatividade e criar algo mais "artístico". Foi quando descobri o quão relaxante e terapêutico é para mim. . Acordámos bem cedo e à hora do almoço chegámos a Verona. Após a refeição e o convívio que esse momento proporcionava, "ordem" de passeio livre pela cidade imortalizada por Shakespeare, e o grupo dispersa-se naturalmente. Encontro-me rodeada de tur

Registos da Memória / Itália - Milão - 2016

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 Em tempos complicados a melhor solução é descomplicar.  Procurar o melhor que nos é "permitido", algo que nos limpe a mente e eleve a alma. E eu escolhi viajar! Em tempo de confinamento viajei através da memória, exercitei a criatividade e pus em prática um dos meus hobbies preferidos. Escrever! Usando a técnica de "scarpbook" dei inicio ao meu diário de viagem.    Recordar uma viagem "obriga" a sentar, a fazer uma pausa na correria do dia a dia, procurar informação sobre os locais visitados, reviver. Esta "técnica" permite desenhar, carimbar, escrever, recortar, trabalhar a composição de cores e materiais, sentir o cheiro do papel e dos restantes materiais e finalmente, ver, sentir, tocar a fotografia, pela qual sou apaixonada. Rendida ao digital, apenas circunstancialmente aprecio as minhas fotos impressas em papel,  esta viagem permitiu-me viajar  no espaço e no tempo, afastando-me da superficialidade do imediato, contudo a vontade de partilh